
Povos
indígenas que vivem isolados no Maranhão sofrem com o avanço da
pandemia do novo coronavírus no interior do Maranhão. Manter o
isolamento das tribos tem sido cada vez mais complicado neste momento e
cuidar e testar quem precisa é ainda mais difícil.
“A
pandemia é um ameaça particularmente grave para os povos indígenas,
cuja as terras foram roubadas e que não podem se insolar de forma
autossustentável como os guarani kaiowá. É uma grave ameaça também aos
povos de recente contato, como os yanomami e os indígenas isolados como
os awá no Maranhão, que são os povos mais ameaçados no mundo. Eles são
vulneráveis até mesmo a doença comuns. Por isso, a Covid-19 é uma ameaça
terrível e pode aniquilar povos inteiros”, disse Priscilla Oliveira,
representante da Survival Internacional.
O
povo awá não teve registro de casos de Covid-19, segundo sua frente de
defesa. Eles adotaram algumas estratégias de isolamento e só tem saído
da aldeia apenas para tratamentos de saúde. Só é permitida a entrada de
pessoas credenciadas após quarentena de quinze dias.
As
aldeias da amazônia maranhense registram os primeiros casos da doença.
Segundo Iracadju Ka’apor, liderança indígena, dois casos de novo
coronavírus foram confirmados: “Duas mulheres”.
Foram
registrados casos do novo coronavírus entre os Cricatis, Caiapós e tem
sido mais grave entre os Guajajaras. Na terra indígena Rio Pindaré já
foram confirmados 130 casos e três mortes.
Na
aldeia Zutiua, terra indígena Arariboia, também na amazônia maranhense,
foram confirmados 40 casos. Na terra indígena Geraldina Tuco Preto,
índios estão realizando barreiras por contra própria para manter o
isolamento.
O
Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) encaminhou 300 testes
rápidos para aldeias atingidas pela Coviid-19. Diz que tem recebido
ajuda do Governo do Estado e de prefeituras, mas afirma que não tem como
realizar testes em massa como cobram os povos indígenas.
O
Maranhão chegou a 72.021 casos confirmados de novo coronavírus nesta
terça-feira (23), como aponta a Secretaria de Estado da Saúde (SES) por
meio de boletim epidemiológico. Nas últimas 24h, foram registrados 1.332
casos novos. O boletim aponta também que o estado tem 1.797 mortes pela
doença e 50.210 curados.
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