segunda-feira, 27 de abril de 2020

Empresas alteram suas rotinas durante a pandemia da covid-19

Com o avanço do novo coronavírus diversas empresas foram obrigadas a mudar as dinâmicas de suas rotinas de trabalho para não comprometer a sua produção e resultados. Com a adoção das recomendações de segurança dos órgãos de saúde, diminuição das cargas de trabalho, até a realização do home office e o atendimento online tem sido o carro chefe das alternativas para não comprometer as atividades.

De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Betania Tanure Associados (BTA), em março deste ano, mais de 40% das empresas brasileiras já haviam adotado o home office devido ao coronavírus. Já no ramo da educação, o aprendizado, o MEC autorizou o ensino à distância, e as instituições agora mediam suas aulas pelas telas do computador, tablet ou celular. Além disso, para tentar driblar a crise na economia, o comércio tem encontrado, no serviço de delivery, formas de continuar de pé.
Home office em foco - Exemplo dessa nova configuração, a analista de recursos humanos da Suzano, Mariana Viegas Arruda, que trabalha na companhia há 4 anos, está há um mês em regime de home office e ressalta que algumas medidas tiveram que ser tomadas para conciliar o profissional com atividades domésticas durante a quarentena.

“Nos primeiros dias foi mais complicado conciliar a rotina do trabalho com as atividades domésticas (café da manhã, almoço, etc). Depois fui criando estratégias para otimizar essas atividades a fim de não impactar no meu horário. Um outro desafio foi que meu marido também está em Home Office e optamos por trabalhar em ambientes separados, ainda que na mesma casa, para evitar interferências de sons e assuntos de trabalho”, disse a analista, que destacou a parceria com sua equipe promovendo encontros (por vídeo) frequentemente, para compartilhar sobre sentimentos, preocupações, atividades ou qualquer outro tema que queiram abordar, para se sentirem mais próximos.

Comércio em duas rodas – Durante esse cenário, o comércio varejista foi um dos segmentos mais afetados. Em meio à disseminação do vírus e com fortes recomendações dos órgãos da saúde com relação ao isolamento social, muitas empresas precisaram se reinventar e encontraram no delivery uma alternativa para continuar atuando.

A empresária Idelma Araújo, sócia-proprietária das lojas de roupas Colcci e D’Marca, em Imperatriz, conta como tem sido a experiência de trabalhar com vendas durante a pandemia. “Fomos pegos de surpresa. Imaginamos que pudesse ser uma coisa rápida, e ficarmos sem saber o que fazer. Continuamos postando nosso material nas redes sociais da loja e os clientes continuaram interagindo, perguntando por preço, tamanho... A partir daí, fomos achando nosso caminho.” explica.

Após 1 mês do fechamento do comércio, Idelma conta que, hoje, as vendas da loja estão sendo feitas online. “Nós não estamos atendendo na loja física. Os colaboradores da loja já sabem que agora é assim, então mandamos mensagem, fotos, ligamos. E através desse contato, conseguimos fazer as vendas. E acredito que a partir de agora, o atendimento possa ser cada vez mais por meio do delivery. Estamos tentando sobreviver no meio dessa crise, e essa foi a forma que encontramos.”, conta.

Tecnologia e educação - O Ministério da Educação (MEC), através de uma portaria, permitiu o ensino à distância para os cursos presenciais das universidades e institutos federais, além das faculdades privadas, para realizar aulas através da internet. A tática deve auxiliar no cumprimento dos 200 dias letivos exigidos por ler e ameniza os desfalques no calendário acadêmico. Para Paulo Henrique Marinho, especialista em assuntos sobre tecnologia e professor dos cursos de Redes de Computadores e Sistemas de Informação da Facimp Wyden, a alternativa, apesar de surgir em um cenário delicado, pode significar um novo horizonte que tange à educação. “Esse é o momento certo para acostumar professores e estudantes num ambiente de aprendizado mais inovador, interativo e imersivo, pois estamos num mundo conectado e devemos usar a tecnologia e a internet em prol do nosso aprendizado”, ressalta.

E para quem continua...  – Para quem continua exercendo sua profissão em local de trabalho, muita coisa também mudou. As medidas de segurança precisam ser seguidas rigorosamente para evitar o contágio do vírus. Com isso, muitas empresas e trabalhadores precisaram se adaptar a novos hábitos no ambiente de trabalho.

O Grupo Potiguar, por exemplo, fez investimentos e adequações necessárias para seguir às orientações. Considerada uma empresa de serviço essencial, o grupo, para evitar aglomerações e garantir a segurança de colaboradores e clientes, reforçou e ampliou medidas de higienização e proteção em Imperatriz. Foram instaladas pias com bancadas nas entradas com sabão e disponibilizados diversos pontos de álcool.

Além da demarcação das filas nos caixas também foi instalada uma barreira de acrílico separando o cliente das operadoras de caixas. “Usaremos também todos os nosso canais de comunicação para continuarmos multiplicando orientações oficiais de saúde, e fomentando novas mensagens para manter o alerta de todos quanto à necessidade de continuarmos com as medidas preventivas de distanciamento social visando minimizar a disseminação da Covid19 no Maranhão”, declarou Adriano Pestana, gerente de marketing do grupo. Junto com o atendimento na loja, a Potiguar também disponibiliza o serviço de delivery para quem não quer sair de casa por meio do número (99) 3271-7000.

O técnico de operações florestais-colheita da Suzano, Raul Aragão Ribeiro, que também precisa seguir com o trabalho presencialmente, também precisou se acostumar com a novas medidas adotadas pela empresa. Agora evitamos aglomerações e o contato direto com pessoas, nos adaptamos a utilização de máscaras e luvas, higienizamos constantemente as mãos e os de locais onde tocaremos, mas graças ás condições proporcionadas pela empresa, não há dificuldade, possuímos todo suporte e apoio necessário da nossa gestão para passar por este momento de uma forma segura, e sairmos mais fortalecidos”, conta.

Prefeitura convoca profissionais da saúde para combater a Covid – 19

Novos concursados somam na luta contra a proliferação do vírus em Imperatriz

Profissionais da saúde que realizaram o último concurso da Prefeitura de Imperatriz, em dezembro de 2019, são convocados nesta sexta-feira, 24, pela Secretaria de Administração e Modernização, Seamo. Os novos servidores devem ajudar no combate à pandemia do novo coronavírus na cidade, em especial no novo Hospital Municipal de Campanha (Covid – 19), montado pelo município.
Ao todo, a Prefeitura convocou 46 candidatos. Entre os chamados, constam 10 enfermeiros, e um enfermeiro PNE; dois farmacêuticos; 27 técnicos de enfermagem, e três técnicos de enfermagem PNE; além de três técnicos em radiologia. Os documentos a serem apresentados estão disponíveis no link: http://www.imperatriz.ma.gov.br/portal/concurso/concurso.html.
Os candidatos devem comparecer ao departamento de recursos humanos da Prefeitura de Imperatriz, localizado na rua Rui Barbosa, 201, Centro, a partir do dia 27 de abril, das 8h às 14h, com a documentação específica para cada cargo. Essas medidas são mais uma dentre várias, já realizadas pelo município, para reforçar a saúde da cidade e conter a proliferação do vírus.
AÇÕES
Só na área da saúde, desde o início da pandemia da Covid – 19 na cidade, foram convocados mais de 100 médicos especialistas, que passaram a atuar no Hospital Municipal de Imperatriz, HMI. Além de quatro Unidades Básicas de Saúde, UBS’s, que passaram a atender com horário estendido, até às 20h.
Outra informação animadora é que nesta sexta-feira, 24, também foi inaugurado o Hospital Municipal de Campanha (Covid – 19)   onde vão atuar os candidatos convocados no concurso. “Foi um hospital que fizemos em menos de um mês, um esforço muito grande, da secretária e todos os envolvidos. Aqui tem recurso federal e municipal. Dobramos os números de leitos para que a cidade seja bem atendida”, comenta o prefeito de Imperatriz, Assis Ramos.

Pesquisas buscam entender coronavírus e apontar formas de combate

Sites de instituições como a OMS reúnem estudos sobre o tema








À medida que a pandemia do coronavírus se disseminou pelo mundo, espalhou-se também o esforço de pesquisadores para entender melhor o vírus, como ele é transmitido e o que pode ser feito para prevenir a infecção e tratar os pacientes que contraíram a doença decorrente dele, a covid-19.
Repositórios de instituições do Brasil e do exterior trazem diversos estudos, como o site da Organização Mundial da Saúde (OMS) que reúne pesquisas sobre o tema, ou de periódicos famosos, como a revista Science, que também criou uma seção específica para divulgar investigações voltadas à pandemia
Algumas universidades ganharam relevância mundial com o monitoramento do avanço da pandemia, como a Johns Hopkins, dos Estados Unidos. No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), centro de pesquisa vinculado ao Ministério da Saúde, não só sistematiza informações como vem promovendo diversos estudos sobre o vírus.
Vários cientistas se dedicaram a tentar entender melhor o coronavírus, por se tratar de uma nova modalidade. Ainda em fevereiro, pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram sequenciar o gene em apenas 48 horas. Um equipamento menor que um celular foi conectado a um computador por cabo USB.
A amostra foi lida por poros em escala nanométrica, ou seja, um milímetro dividido por milhão. As informações foram analisadas por um software que decodifica os dados, traduzindo a estrutura do vírus.
Outra frente de pesquisa sobre o novo coronavírus busca identificar a letalidade da doença decorrente dela, a covid-19. Um dos métodos envolve testar pessoas para verificar o percentual que desenvolveu anticorpos e, assim, calcular o montante que teria tido contato real com o vírus.
Pesquisa conduzida pela Universidade de Bonn, na Alemanha, divulgada em 9 de abril, encontrou o anticorpo em 14% da amostra, estimando um índice de letalidade de 0,37%. Para comparar, a taxa de mortes por influenza é de 0,1%. O estudo, contudo, foi contestado por outros grupos de pesquisadores.
Outra investigação, do Hospital Geral de Massaschussets, na cidade de Boston, nos Estados Unidos, identificou anticorpos em 31% da amostra. Contudo, os pesquisadores admitiram que a sorologia tinha 90% de efetividade e os participantes foram recolhidos na rua, o que pode relativizar os resultados.
No Brasil, o Centro Epidemiológico da Universidade de Pelotas (UFPel), em parceria com o Ministério da Saúde, iniciou uma investigação também baseada no grau de imunização para mapear o avanço da pandemia no país.
Cerca de 33 mil pessoas, de 133 municípios brasileiros, serão submetidas ao teste rápido que detecta a presença de anticorpos IgM (de infecção mais recente) e IgC (de infecção mais antiga) a partir de amostras de sangue coletadas. De acordo com o ministério, o trabalho deve esclarecer três questões sobre o vírus no Brasil: o número de infectados, a velocidade com que o vírus tem se espalhado e a taxa de letalidade da covid-19 na região.

Diagnóstico e prevenção

O Ministério da Saúde reuniu informações sobre evidências de estudos em um documento denominado “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da Covid-19”, que reúne as análises sobre a pandemia e seu combate, consideradas referências para o órgão.
No que se refere a medidas de prevenção, o texto reafirma recomendações já conhecidas, como lavar as mãos com desinfetante e álcool 70%, praticar etiqueta respiratória (como cobrir espirros) e evitar contato com outras pessoas, como medidas gerais de prevenção. O documento também recoloca a indicação de procurar atendimento médico se a pessoa apresentar sintomas como febre, tosse e dificuldade de respirar.
Sobre diagnóstico, outra frente tem sido o desenvolvimento de testes que possam ser mais baratos e rápido do que os disponíveis. Um exemplo é a investigação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Teranóstica e Nanobiotecnologia (INCT TeraNano), sediado na Universidade Federal de Uberlândia (MG), que desenvolveu uma solução para testagem rápida de casos de covid-19 usando tecnologia que pode apresentar o resultado em 1 minuto.
A expectativa dos pesquisadores é que essa solução fique pronta até o início de maio. Ela utiliza laser para decompor a saliva em grupos químicos. A análise é processada por meio de um sistema de inteligência artificial, fornecendo resultado rápido. Os testes rápidos utilizados no Brasil levam cerca de 30 minutos para dar o diagnóstico.

Tratamentos

Até a última atualização, a OMS tinha 614 estudos registrados. A organização disponibiliza uma plataforma interativa na qual qualquer interessado pode conhecer as pesquisas por país ou tipo de droga avaliada.
O maior deles é a “Solidarity Clinic Trial”. Nela, são avaliadas quatro opções de tratamento contra a covid para avaliar se as drogas analisadas contribuem para mitigar a evolução da enfermidade ou ampliar as condições de sobrevivência. A orientação da OMS é que até a existência de evidências, associações médicas e autoridades devem ter cuidado ao recomendar algum desses tratamentos.
São avaliadas na pesquisas quatro remédios. Remdesevir é um droga utilizada no tratamento do vírus ebola. Ele já teve resultados promissores com outros tipos de vírus que causam Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O Lopinavir é empregado no tratamento do vírus da aids. Até o momento, os estudos com ele foram inconclusivos.
O interferon beta-1ª é um medicamento adotado para tratar esclerose múltipla. Por fim, o medicamento que ganhou notoriedade no Brasil, a cloroquina, também é analisada pela pesquisa. Segundo a OMS, possíveis benefícios ainda demandam confirmações por novos testes.
Na plataforma da OMS eram registradas, na última semana, 17 pesquisas envolvendo o Brasil. Dessas, 13 são realizadas somente no país e quatro são pesquisas internacionais, que abrangem outras nações. Uma delas é a Solidarity Clinic Trial, da OMS. A Fiocruz é a responsável pela representação da iniciativa aqui.

Cloroquina

A cloroquina também ganhou visibilidade. Pesquisadores da Fundação de Medicina Tropical e da Universidade Estadual do Amazonas iniciaram um estudo para analisar a eficácia da aplicação do produto no tratamento da covid-19. Os resultados preliminares apontaram riscos à vida dos pacientes que receberam altas doses da substância.
Os pesquisadores analisam o emprego de cloroquina em 81 pacientes em estado grave. A investigação envolveu a identificação das doses mais adequadas. No estudo, os pesquisadores viram que a aplicação de doses mais altas (600 miligramas), duas vezes ao dia por dez dias, teve efeito agressivo e gerou efeitos colaterais, como arritmia cardíaca ou até mesmo a morte.
Outro estudo, realizado por sete pesquisadores da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, avaliou 386 pacientes e concluiu que as taxas de morte de pacientes que receberam a cloroquina e essa substância combinada com azitromicina foram maiores do que para os que não receberam.

Outras drogas

O Centro de Pesquisa em Energias e Materiais (CNPEM), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, iniciou uma pesquisa para avaliar mais de 2 mil medicamentos para verificar a eficácia contra a covid-19, todos eles já registrados no Brasil.
São analisadas substâncias diversas, como analgésicos, antibióticos ou anti-hipertensivos. Em resultados preliminares, dois tratamentos revelaram resultados promissores. Contudo, o CNPEM não revelou os nomes para evitar automedicação, como ocorre no caso da cloroquina.
Uma investigação da Fiocruz, divulgada no dia 6 de abril na plataforma internacional BiorXiv, avaliou a eficácia do atanazavir, utilizado para o tratamento de portadores do vírus da aids. Segundo resultados preliminares, a aplicação do remédio reduziu o ritmo de reprodução do vírus e ajudou a dificultar o avanço da doença.
“A análise de fármacos já aprovados para outros usos é a estratégia mais rápida que a ciência pode fornecer para ajudar no combate à covid-19, juntamente com a adoção dos protocolos de distanciamento social já em curso”, defende Thiago Moreno, pesquisador da Fiocruz.
Edição: Graça Adjuto

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